A saúde mental é um tema que passou a ser discutido mais abertamente nas últimas décadas, com um grande aumento do número de diagnósticos, chamando a atenção nas instituições públicas e privadas.

Além desse cenário, existe a preocupação da relação entre transtornos mentais e doenças crônicas.

O aumento dos diagnósticos de transtornos mentais, embora ainda bastante discutido, envolve algumas questões como o estilo de vida, fator genético, e o aumento de exames para diagnósticos que detectam perfil de risco ou a própria patologia antes desconhecida.

Hoje temos 86% da população brasileira sofrendo de depressão, ansiedade ou estresse, que reflete na procura da população pelos serviços de psiquiatrias, psicólogos e terapeutas ocupacionais, segundo análise do Instituto de Estudos de Saúde Suplementar (IESS).

Nesse contexto, considerando que um em cada quatro brasileiros sofre de alguma doença crônica, a interação entre ambas as condições deve ganhar uma atenção especial por parte dos gestores de saúde e da própria população.
Considerada o mal do século, a depressão é uma das doenças de grande prevalência em todo o planeta. O estilo de vida moderno cursa com características que influenciam o surgimento de comorbidades que sustentam o elo entre depressão e doenças crônicas.

Definida como um transtorno de humor e de comportamento, quando instalada, a depressão domina as atitudes, modifica o padrão emocional e altera a percepção de si mesmos.

Devido a essa forte influência das desordens emocionais sobre o metabolismo, pessoas com doenças crônicas ou incuráveis têm um risco muito maior de desenvolver depressão. O contrário também pode ocorrer, já que o desajuste hormonal causado pelo desequilíbrio mental abre as portas do organismo para a ocorrência de inúmeras infecções e doenças.

Mediante a relevância desse tema, conheça algumas das razões pelas quais as crises depressivas aumentam as chances do surgimento de doenças crônicas.

● Influência do estado emocional
● Alteração hormonais
● Aumento da inflamação no corpo

Devido à relação entre depressão e doenças crônicas, o organismo fica mais exposto ao risco de enfermidades que são desencadeadas pelo desequilíbrio não tratado.
Os principais riscos percebidos são:

● Demências, como Alzheimer e Parkinson;
● Constipação intestinal;
● Problemas cardíacos;
● Distúrbios do sono;
● Derrame cerebral;
● Doenças de pele;
● Úlcera gástrica;
● Diabetes;
● Alergias.

Para os gestores de saúde, esse quadro atual vem reforçar o alerta sobre a importância de se investir em uma abordagem preventiva, buscando o equilíbrio de todas as patologias crônicas junto à saúde mental.