O envelhecimento da população brasileira somado à reforma da previdência, que deve exigir mais tempo de trabalho, coloca a saúde cada vez mais no centro dos debates públicos. Pensar em modelos sustentáveis de gestão da saúde populacional é o caminho para reduzir os altos custos do setor, ampliar o acesso e otimizar o atendimento. Nesse sentido, o uso da tecnologia, como a telemedicina, se mostra eficiente.
Muitos são os problemas que cercam o setor, desde a falta de médicos, em algumas partes do país, até os custos dos planos de saúde, para empresas e cidadãos. Esses e outros aspectos foram discutidos, a partir da apresentação de casos reais, no V Fórum Internacional ASAP, evento realizado no WTC São Paulo, no dia 11 de junho de 2019.
O seleto público foi recebido com as boas vindas da Dra. Ana Elisa Siqueira, agora Ex-presidente da ASAP e CEO do Grupo Santa Celina e do Dr. Ricardo Ramos, VP da Health Tech e atual Presidente da ASAP. O evento, idealizado durante a gestão da Dra. Ana Elisa, também marcou a passagem do posto da presidência da ASAP para o Dr. Ricardo. Na sequência, pode-se acompanhar a abertura feita pelo Leandro Fonseca, Presidente da Agência Nacional de Saúde Suplementar – ANS, em discurso sobre a atual situação do sistema de saúde no Brasil que, em tom até mesmo pessoal, abriu caminho para os diversos temas que seriam tratados em seguida, de forma tocante.
O V Fórum Internacional ASAP contou com a participação de 21 patrocinadores, 48 palestrantes, 3 palcos simultâneos em formato de ring e plateia silenciosa, 14 painéis de discussão, 5 palestras magnas, 18 apoiadores, 28 fornecedores e 500 participantes.
Entre os palestrantes tivemos o líder do grupo de pesquisa em Telemedicina e Telessaúde, da USP, Chao Lung Wen; o diretor médico da Teladoc Health Brasil, que é líder mundial nos cuidados de saúde virtuais, Dr. Caio Seixas Soares; Nirav Vakharia, CEO da ACO (Accountable Care Organization and Associate) de Cleveland Clinic; a Presidente da ASAP, Dra. Ana Elisa Correa Siqueira; o futurista e empreendedor Tiago Mattos, co-fundador da Aerolito: Laboratório de Futurismo e experimentos em tecnologias exponenciais. Além de representantes dos principais planos de saúde do Brasil e renomados especialistas em saúde.
O V Fórum ASAP trouxe para o centro da discussão as transformações que o sistema de saúde vem atravessando no Brasil e no mundo na busca de modelos mais efetivos, com melhores resultados clínicos, maior satisfação dos usuários e custos controlados e justos, sempre apoiando o uso da tecnologia como ferramenta de gestão.
De acordo com o diretor técnico da Aliança para Saúde Populacional (ASAP), Ricardo Ramos, o fórum vem em um momento muito importante. “Nos últimos anos, nossa instituição recebeu demanda crescente de grandes empregadores do Brasil, que em última instância são os grandes financiadores do setor de saúde suplementar, pois garantem o benefício para seus colaboradores e familiares”, explica Dr. Ricardo.
O conceito de Gestão de Saúde Populacional (GSP) propõe uma mudança na forma de tratar a saúde coletiva: à oferta de assistência médica somam-se também a implementação de metodologias abrangentes para a estratificação de riscos e coleta sistematizada de dados. Estudos internacionais mostram que, quando aplicada na sua integridade, a GSP pode resultar em reduções de 30% a 50% dos custos essenciais. Além de enxugar gastos, as empresas também direcionam seus programas de forma mais assertiva e com benefícios a longo prazo – extrapolando a gestão de casos crônicos e a análise de casos isolados.
Os painéis apresentados no evento tiveram o objetivo de fazer os coordenadores alcançarem o potencial máximo da GSP. Eles foram pensados para atender gestores de saúde de empresas do setor e também para gestores corporativos, congregando players de toda a cadeia: empresas; operadoras; corretoras; indústria; laboratórios; hospitais; assistência domiciliar; serviços de promoção e prevenção e empresas de tecnologia em saúde, para que possam conversar e unir informação e fazer uma troca de experiência.
“Acreditamos que essas empresas são as grandes responsáveis por transmitir essa mudança de comportamento. É preciso dar mais foco à saúde no curto prazo, contribuindo diretamente com os seus colaboradores, garantindo melhor qualidade de vida para eles e seus familiares, bem como maior produtividade e melhor qualidade assistencial”, ressalta Ricardo Ramos, Presidente da ASAP.
Após um dia intenso de palestras e discussões de casos, o evento concluiu com sucesso o seu objetivo. Agora é traçar os rumos para o VI Fórum.
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