O texto, assinado pelo presidente da ASAP, Dr. Cláudio Tafla, menciona a adoção de um maior controle e regulação sobre a qualidade assistencial dos prestadores do sistema de saúde, tais como hospitais, laboratórios e clínicas, além da importância da criação de um prontuário único para pacientes, do investimento em pesquisas e nos profissionais da área de saúde.
A Asap é uma entidade sem fins lucrativos que trabalha com Gestão de Saúde Populacional, alinhada com entidades nacionais e internacionais ligadas a este tema. Segundo Tafla, a saúde tem passado por diversas mudanças, a pandemia acelerou vários processos, mas ainda há muito o que ser feito. Seguem os pontos sugeridos pela entidade aos presidenciáveis:
1) Desenvolvimento de uma política de Saúde de Estado focada na prevenção, promoção e educação em saúde, o que pode minimizar o impacto de futuras epidemias, melhorar a eficiência do sistema de saúde e reduzir consideravelmente a morbidade e mortalidade da população.
2) Estudos para possibilitar que as operadoras de planos de saúde possam realizar incentivos financeiros aos seus beneficiários que se comprometam a adoção de bons hábitos de saúde, estilo de vida e a manutenção do seu autocuidado.
3) Adoção de um maior controle e regulação sobre a qualidade assistencial dos prestadores do sistema de saúde, tais como hospitais, laboratórios e clínicas, no sentido de focar obrigatoriamente na atenção primária, garantindo uma melhor coordenação do cuidado e melhor gestão dos recursos utilizados.
4) Digitalização dos serviços, protocolos, cuidados e utilização da atenção primária em saúde, no sentido de reduzir duplicidades de recursos para um mesmo paciente e garantiria do melhor cuidado e gestão.
5) Maior visibilidade e acesso da população a uma central inteligente de regulação e acesso que qualifique a rede de prestação de serviços, integrando os níveis assistenciais e gerenciando a transição do cuidado, para garantir o cuidado certo, na medida certa.
6) Criação e implantação de um padrão de interoperabilidade para transação de dados (prontuário único) entre os serviços de saúde, criando uma grande central nacional de dados do setor público e privado, preservadas as regras da Lei Geral de Proteção de Dados.
7) Investimento na educação continuada dos profissionais de saúde, através de academias regionais, auxiliando na contínua formação destes, para a transição demográfica e evolução tecnológica que vivemos.
8) Criação e aplicação de um programa nacional efetivo de saúde mental na Atenção Primária.
9) Estímulo, ampliação, desenvolvimento e implantação de serviços de saúde focados no idoso, para acolhermos a transição demográfica que vivemos.
10) Maior integração de ações de gestão de saúde populacional envolvendo a iniciativa privada e mundo corporativo para geração de uma sociedade mais saudável e consciente, com foco no engajamento e adesão das pessoas.
Cientes da importância dos temas e da sua complexidade em termos de implantação, colocamo-nos à disposição para discutir e contribuir na construção dos mesmos, através dos valorosos associados de nossa aliança, assim que convocados formos.
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