Coordenação do cuidado significa estabelecer conexões de modo a alcançar o objetivo maior de prover/atender às necessidades e preferências dos usuários na oferta de cuidados em saúde, com elevado valor, qualidade e continuidade.

O monitoramento das condições de saúde de uma população idosa, é um instrumento-chave para orientar estratégias de prevenção, as quais devem ter como objetivo: interferir favoravelmente na história natural da doença; antecipar o surgimento de complicações; prevenir as exacerbações e complicações das doenças crônicas; aumentar o envolvimento do paciente no autocuidado; construir uma base de dados sobre os doentes crônicos, ou seja, a imensa maioria da carteira de idosos.

A coordenação do cuidado é a estratégia utilizada para a organização, no qual se definem quais são os problemas de saúde do usuário (o quê) as intervenções mais apropriadas (como), as justificativas para mudança (por quê), quais profissionais (quem) e equipamentos de saúde (onde).

A coordenação deve conter todas as informações essenciais para o planejamento e a implementação das ações necessárias para a manutenção ou recuperação da saúde do idoso, abrangendo ações preventivas/promocionais, curativas, paliativas e reabilitadoras.

  • Ações preventivas/promocionais: cuidados antecipatórios, capazes de modificar a história natural das doenças e evitar futuros declínios da saúde. Visam promover a qualidade de vida e reduzir vulnerabilidades e riscos à saúde.
  • Ações curativas: ações direcionadas a problemas específicos identificados na consulta médica. A ênfase deve estar no diagnóstico correto e na prescrição correta de medicamentos, procurando estar atento ao risco de iatrogenia medicamentosa.
  • Ações paliativas: são direcionadas àquelas situações em que não há possibilidade de cura ou modificação da história natural da doença. O objetivo deve ser a melhora da qualidade de vida dos pacientes e familiares diante de doenças que ameaçam continuamente a vida.
  • Ações reabilitadoras: conjunto de procedimentos aplicados aos portadores de incapacidades (deficiências, limitações de atividades ou restrição da participação), com o objetivo de manter ou restaurar a funcionalidade, maximizando sua autonomia.

No processo de implantação desse modelo coordenado, o trabalho em equipe é fundamental, onde temos a participação do médico, do idoso, da equipe multidisciplinar e da família.