Durante a última década, vimos uma evolução tanto na ciência da gestão de cuidados de condições crônicas como no mercado para estes serviços. 

Na primeira e, em sua forma mais básica, a indústria focava em indivíduos que sofriam de uma ou possivelmente mais do que uma dentre um determinado conjunto de doenças crônicas. Mais comumente, este conjunto de doenças crônicas inclui doenças cardíacas, diabetes, DPOC (Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica), asma e insuficiência cardíaca congestiva. 

Para cada uma destas doenças crônicas há um padrão de cuidados bem estabelecido e a conformidade com este padrão é conhecida por melhorar os resultados clínicos. Assim, o foco da maioria dos primeiros programas foi o de identificar e eliminar as lacunas nesses padrões de atendimento. 

Também nos últimos 10 anos, a indústria expandiu seus serviços para incluir “wellness” e promoção da saúde. A premissa por trás dos programas de wellness é que há múltiplos fatores de risco modificáveis que levam a muitas das doenças alvo de programas de gestão de crônicos. 

Apesar de não ser uma ideia nova (Johnson & Johnson lançou seu primeiro programa corporativo de wellness em 1978), houve um dramático aumento na conscientização e valorização da lógica subjacente de programas de wellness e de sua presença no mercado, assim como no interesse do contratante. Mais frequentemente do que não, os programas de wellness e programas de gestão de condições crônicas existiam como entidades discretas no mercado. 

A comunidade provedora de programas normalmente era constituída de empresas que trabalhavam ou com gestão de cuidados ou com programas de wellness. 

O processo das Diretrizes de Resultado da CCA seguiu esta evolução e começou com o desenvolvimento de um conjunto de diretrizes focadas em programas de gestão e de cuidados de crônicos com condição única e acrescentou um conjunto de orientações específicas para programas de wellness, no 3º ano do processo. 

Mesmo que o trabalho deste ano estivesse quase completo, o mercado continuou a evoluir. 

Desta vez, o direcionamento da evolução foi para o que é conhecido como gestão de saúde populacional (GSP). A seção GSP deste relatório oferece definição e orientação sobre este tema. 

Esta evolução não sugere o que cada programa pode ou deve adotar como padrão. Certamente continuará a existir na indústria uma variedade de programas de níveis e abrangência baseados nas necessidades específicas de uma população. 

Tal como a CCA (Care Continuum Alliance) se refere a “cuidados continuados” presentes na gestão populacional, da mesma forma há um programa contínuo para diferentes populações. Embora esta evolução tenha radicalmente alterado a indústria na última década, isso não invalida esforços anteriores para fornecer as diretrizes do programa de avaliação de gestão de cuidados para condições crônicas e programas de wellness. 

Simplesmente estabeleceu-se a necessidade de integrar programas de GSP na estrutura existente de avaliação de programa. O objetivo do Grupo de Trabalho de Alinhamento deste ano foi o de alinhar a gestão de cuidados crônicos e as diretrizes de wellness, tanto quanto possível, com esta evolução da indústria e garantir a sua compatibilidade com os métodos de avaliação de programas de GSP. 

A primeira parte deste esforço é identificar exatamente que tipo de programa ou programas estão disponíveis para cada população, seguida pelo desenvolvimento de uma simples árvore decisória que os provedores podem utilizar para determinar quais diretrizes seriam mais apropriadas para os programas em vigor.

Fonte: Caderno “Mais Saúde – Panorama da Saúde Populacional Asap” e Comitê Técnico da Asap