Dr. Ricardo Ramos, presidente da ASAP, representou a Associação no Healthcare Innovation Show – HIS19, participando do Fórum de Empregadores em painel que discutiu “O impacto da Tecnologia na Saúde Populacional”. Foram abordados pontos como: Experiências das instituições em implantar tecnologias para saúde populacional de seus colaboradores – resultados e impactos; principais desafios no engajamento dos funcionários em programas de saúde corporativos; maturidade das instituições nos modelos digitais e integrados de saúde populacional e o uso dos dados para entendimento de comportamento e drive de mudança. O debate também contou com a participação de Nathalia Nunes, Editora-Chefe da Informa, Alexandre Toscano, Gerente Latam de Saúde Corporativa da Pirelli, Aline Telles de Melo, coordenadora dos programas de saúde do Banco Santander, Leonardo Carvalho, Médico Hospital do Israelita Albert Einstein.

Entre os pontos discutidos falou-se na saúde dos colaboradores e os desafios para o fluxo de atividades nas empresas. Os palestrantes concordaram que é papel do gestor acompanhar a eficácia dos planos de saúde e campanhas de incentivo para a adoção de bons hábitos, para isso o uso da tecnologia é fundamental. 

Alexandre Toscano apresentou um case de sucesso na Pirelli e afirmou que o sistema ocupacional do Brasil é fantástico, mas que não funciona por conta dos maus hábitos das pessoas, como alimentação inadequada e falta de atividade física.

Já o Dr. Ricardo Ramos, chamou atenção para um problema muito importante ao se usar a tecnologia para compreender os dados na saúde. De acordo com ele, um hospital pode entender quais são as tendências baseando-se nos acontecimentos passados e, assim, promover soluções proativas, muitas vezes, antecipando-se aos problemas. “O mato está alto. Nós temos um problema de pavimentação de dados. Entendo que existe uma maturidade da ciência de dados. Eu sempre falo que o bem não pode ser contemplativo”.

Ramos reforçou que depois de um estudo, pode ser identificado, por exemplo, se há um pico de uma determinada doença, se o tratamento de um paciente foi efetivo, se ele voltou a ficar internado, etc. Com as informações, o hospital pode se preparar para o período, treinando profissionais, adquirindo medicamentos e até criando campanhas de conscientização.

O resultado para o clientes e investidores, é uma prova de que aquele hospital é competente para lidar com qualquer problema e merece, portanto, a confiança desses dois grupos. “Outro ponto, é que a saturação nos hospitais afeta inclusive a forma de atendimento pelos planos de saúde. Costuma-se tratar o beneficiário como doente, que precisa se adaptar ao ambiente. No entanto, ele precisa ser tratado como consumidor para agregar valor à experiência”, ressaltou.

Leonardo Carvalho contou sobre sua experiência em Singapura e fez um comparativo com a gestão de saúde no Brasil. “Antes de buscar tecnologias para melhorar a qualidade da saúde nas empresas, é preciso organizar o sistema, foi o que aconteceu em Singapura, por exemplo”. 

Segundo a coordenadora dos programas de saúde do Banco Santander é importante incentivar uma vida saudável, ela vai fazer toda diferença na saúde do colaborador e isso é o que o Santander procura fazer. “Temos um projeto que valoriza o trabalho do médico da família, a gente mostra que o pronto-socorro nem sempre é a melhor opção. Assim, a taxa de engajamento à atenção primária cresceu em 25% dentro do Santander”, afirmou Aline.

Para finalizar o presidente da ASAP reiterou a importância de colocar o usuário no centro e fazer o acolhimento do médico, caso contrário o sucesso não será possível.  Essas duas premissas são fundamentais. Falou ainda sobre o trabalho com grupos focais. “Existe uma série de iniciativas, talvez funcione para uns, mas não funcione para outros. Muito tem sido feito, mas é difícil encontrar um produto que caiba para todos aqui. Dentro da ASAP, o que vemos é que existem várias iniciativas.”, concluiu Ramos.

 

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