A pandemia da Covid-19 mudou a rotina de trabalho de muitas empresas, e o home office era pouco difundido no Brasil, mas com as medidas de isolamento se tornou uma opção urgente.

Agora precisamos entender como será o retorno ao trabalho presencial.

Com o avanço da vacinação muitas organizações consideram a volta ao trabalho presencial, mas como o colaborador está esperando esse processo?

A maioria das empresas, em média 85% delas (Fonte: KPMG), apostam em um formato híbrido. Para garantir um retorno mais seguro e tranquilo, o plano de retomada deve ser primeiro validado internamente. Feito isto, chega a hora de apresentá-lo aos colaboradores para que todos fiquem cientes.

Do mesmo jeito que foi complexo se adaptar de repente ao home office, também não será simples voltar à rotina presencial. Por isso, o esquema híbrido é o formato que muitas empresas estão planejando adotar para que a adaptação seja mais tranquila e, ao mesmo tempo, todos possam usufruir do melhor dos dois mundos.

Além de todas as preocupações com os protocolos de segurança e o modelo híbrido de trabalho, também é fundamental prestar atenção na saúde mental dos funcionários.

Um dos efeitos colaterais da pandemia foi o aumento dos transtornos mentais, como depressão e ansiedade no trabalho. As razões para isso foram muitas:

  • medo de perder o emprego;
  • pavor de se contaminar ou contaminar algum familiar;
  • medo de morrer ou perder alguém próximo;
  • incertezas em relação ao futuro;
  • medo de voltar a reencontrar as pessoas.

Algumas ações das corporações podem ajudar nesse processo como criar rodas de conversa que é uma forma interessante de aproximar as pessoas e criar uma abertura para o diálogo. Podem ser realizadas presencialmente ou online e, se possível, é interessante até contar com um mediador externo, por exemplo, um profissional da área da saúde, como um psicólogo.

Por meio desse tipo de atividade, é possível que todos se expressem e aprendam em conjunto. Para dar certo, é fundamental que todos se sintam confortáveis para falar como se sentem e compartilhar experiências.

Outro ponto importante é o estímulo ao autocuidado. Além de falar sobre o assunto para despertar o interesse de todos, também é recomendado:

  • evitar cargas horárias de trabalho excessivas;
  • oferecer flexibilidade;
  • garantir benefícios corporativos que incentivem os cuidados com a saúde mental e física;
  • proibir atitudes abusivas e discriminatórias.

O incentivo a psicoterapia é uma das ferramentas mais poderosas na prevenção e tratamento de transtornos mentais. Nem todo mundo reconhece a importância de um acompanhamento psicológico, seja por falta de informação ou tabus que ainda permeiam a sociedade, e uma das formas de fazer isso é oferecendo a psicoterapia como um benefício corporativo.